terça-feira, 27 de março de 2018

Da Série: Diálogos (20)

Contextualizando:

Temos um casal de amigos que mora se esconde no Recreio.

[Para você que é de fora do Rio, segue um mapa elucidativo demonstrando a distância entre o Recreio e o centro da cidade.]



E nós sabemos chegar no condomínio onde eles moram. Mas nunca lembramos o número do apartamento.

No ínicio nos guiávamos pelo papelão colado no vidro (eles tinham se mudado há pouco e não tinham comprado cortina. Não julguem!). Mas, terminada a reforma, percebemos que a forma de identificar o apartamento era o Moisés (vide abaixo) do filho deles que, normalmente fica na varanda envidraçada (e chiquéééééééérrima!) para a qual a gente aponta e fala pro rapaz da portaria: "Nós queremos ir naquele apartamento, moço!"


Pois bem, Danilo, que sonha em ser pai, estava tentando me convencer que deveríamos adiantar os planos de gravidez...

Danilo: Já imaginou, meu amor?
Susan: Amor, mas olha o tamanho desse apartamento? Botar criança onde?
Danilo: Ué, temos que arranjar um maior!
Susan (rindo): Ah tah, porque é simplão fazer isso!
Danilo (sonhador): Já to até vendo. Eu chegando do trabalho. Você sentada no sofá com ele/ela no colo. O Abrãao na varanda!
Susan (intrigada): Quem é esse? Outro gato?
Danilo: Aquele bercinho que tem lá na casa da Chris. Que fica na varanda!
Susan (abrindo um sorriso): Oooo meu amor...

E agora? Onde que compra isso, minha gente?

=*

quinta-feira, 22 de março de 2018

Da Série: Momozins Viajantes (3)

Bonito/Jardim

E finalmente cá estou de volta justamente para contar sobre a nossa famigerada viagem de lua-de-mel.

Nossa ideia original era fazer o roteiro Foz do Iguaçú - Bonito - Porto de Galinhas e, assim, ter a experiência de conhecer três diferentes regiões do país. Para isso, havíamos marcado férias para o mês de julho/2017. Maaaaaas, duas coisas aconteceram:

1) Danilo foi promovido e não conseguiu pegar os 30 dias de férias para fazer esse roteiro;
2) Eu descobri uma semana antes do casamento que eu tinha passado no processo seletivo da empresa onde trabalho atualmente e por isso, ao invés de férias eu tive que cumprir aviso prévio.

Então decidimos reduzir a viagem para Bonito, por ser o destino mais esperado por nós.

Importante dizer que o turismo de Bonito é muito bem organizado e que os preços das atrações são tabelados. De modo a controlar a quantidade de turistas em cada atração (e, com isso, minimizar o dano ecológico) é necessário agendar os passeios com uma certa antecedência.

Escolhemos a agência Águas Turismo e fomos extremamente bem atendidos. Todas as dúvidas foram sempre esclarecidas (por e-mail ou telefone).

Apesar de a agência ficar dentro de uma pousada, escolhemos o Hotel Pirá Miúna que fica em um ótimo ponto da cidade, pertinho do centro. Isso permitiu que nós fizéssemos todos os nossos "passeios noturnos" à pé.

Como eu disse anteriormente, o turismo de Bonito é extremamente organizado. Para cada atração paga você recebe um voucher contendo as principais informações (nome da atração, data, horário de chegada da van e valor). Cada atração possui um profissional com um leitor de QR Code para validar a entrada do turista no local.

E eu, que sou a louca dos planejamentos fiquei em êxtase quando descobri isso!

Mas vamos ao que interessa:

Dia 0 - 01/07/2016




Pegamos um voo da Azul no Rio de Janeiro às 13:40 com destino à Campo Grande e escala em Campinas. Chegamos no aeroporto de Campo Grande umas 17:30 e fomos até a agência da Vanzella onde já havíamos reservado nossas passagens de ônibus para Bonito.
A viagem foi bem longa e cansativa.
O ônibus saiu umas 19:00 do aeroporto e só depois de 5h de viagem finalmente desembarcamos em frente ao nosso Hotel.

Fonte: https://www.expedia.com.br/Bonito-Hoteis-Hotel-Pira-Miuna.h3531069.Hotel-Reservas

Fonte: https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303349-d1533459-i99554417-Hotel_Pira_Miuna-Bonito_State_of_Mato_Grosso_do_Sul.html

Fonte: http://impactoturismo.com.br/hotel-pira-miuna/

Na recepção descobrimos que o pessoal da agência havia deixado os vouchers para que pudéssemos ir ao primeiro passeio da manhã, com instruções para que fôssemos lá após o almoço realizar o pagamento e buscar o restante dos vouchers.



Fomos dormir cansados e muito animados!


Dia 1 - 02/07/2016

Acordamos cedo (acho que umas 7:00 da madruga), tomamos um café da manhã bem gostoso e fomos para a recepção esperar o transporte para o primeiro passeio da viagem: Gruta do Lago Azul.



Aqui cabe um parênteses. A van ou ônibus contratado busca os turistas no hotel ou pousada informado. Por isso, a solicitação é que você esteja na recepção no horário marcado com 15 minutos de margem para mais ou menos. Ou seja, se o transporte está agendado para às 07:00, é possível que o motorista chegue entre 06:45 e 7:15. Quando a van chega, o motorista pode aguardar, no máximo, 5 minutos. Caso você não apareça, ele pode deixar você lá chupando dedo.
Essas informações estão no voucher e são passadas pelas agências no momento da contratação dos passeios.

Na recepção recebemos informações sobre a Gruta e algumas instruções de segurança, além do capacete e de lá já partimos para a trilha leve até a Gruta.
O guia deu ótimas dicas de fotografia e soube responder todas as nossas perguntas sobre curiosidades da geografia local.



A água na Gruta é inacreditável de tão azul!

Fonte: https://demalasprontasblog.wordpress.com/2013/04/09/lugares-incriveis-a-gruta-do-lago-azul-em-bonito/

Nós ficamos fascinados com a perfeição da natureza que permite que tal fenômeno ocorra!
A descida é tranquila e o passeio não é nem um pouco cansativo, o que foi ótimo, pois havíamos dormido umas 6h na noite anterior depois de quase 11h viajando.


No retorno, o transporte nos deixou na agência de turismo onde realizamos o restante do pagamento dos passeios (havíamos pago 50% para reserva) e, em seguida, um dos funcionários se ofereceu para nos deixar de carro na nossa pousada!

Deixamos mochilas e acessórios lá e partimos para o almoço no "Aquário Restaurante", que fica bem no centro de Bonito e tem preço justo e uma comida deliciosa. Foi lá que eu experimentei o famoso suco de Guavira de Bonito!

Após o almoço, fomos experimentar um sorvete no Quiosque Sorveteria (ao lado do famoso "Casarão") e pudemos comprovar a hospitalidade do povo de Bonito.
O cansaço bateu e fomos para o hotel para dar aquela sonecada gostosa!
Acordamos 3h depois, nos arrumanos e partimos para o famoso Bar Taboa, que fica no Centro de Bonito.

FOTO: AGÊNCIA SUCURI

Fonte: http://www.mineirosnaestrada.com.br/onde-comer-bonito-taboa-bar/

O bar é famoso porque os clientes podem (e são estimulados a) escrever nas paredes, mesas e cadeiras. Além disso, lá tem a famosa cachaça Taboa, que nós, obviamente experimentamos (vide resultado abaixo).


Voltamos ao hotel para dormir e nos prepararmos para o dia seguinte.


Dia 2 - 03/07/2016

Novamente, nosso dia começou bem cedo e nosso destino foi a Estância Mimosa.

Trata-se de uma fazendo que fica a 24 km do centro de Bonito, com três opções de passeio: trilhas e cachoeiras, observação de aves e passeios a cavalo.

Fonte: https://www.h2oecoturismo.com.br/pt-br/servico/passeio-cachoeira-estancia-mimosa-bonito-ms

Nós optamos pelas cachoeiras e, junto com outras 6 pessoas, seguimos um guia local que ia nos dando informações interessantes sobre a fauna e flora da região. Passamos por um total de 8 cachoeiras (das quais 7 são específicas para o banho) e, mesmo sendo inverno (sim, julho é inverno, lembra?) entramos em todas elas!







O retorno da trilha é feita parcialmente por uma espécie de canoa e esse foi mais um dos momentos de encantamento do dia!



O almoço delicioso é oferecido pela Estância e já estava incluído no preço do passeio que nós contratamos.



Chegamos de volta ao hotel no final da tarde e, depois de um banho fomos dar uma volta na praça e tomamos um sorvete na "Tentação Sorvetes" que fica bem perto do Taboa Bar.
E depois, cama!!!


Dia 3 - 04/07/2016

Nesse dia nós acordamos um pouco mais tarde e pudemos tomar um café da manhã mais demorado!
Alugamos uma bike e fomos pedalando até o Balneário Municipal.
E vou ter que confessar que pra fazer isso tem que ter disposição! Tipo dançar o Créu!

Lá encontramos uma espécie de piscina natural onde alugamos um snorkel e ficamos nadando com os peixinhos.



O moço da tenda de snorkel nos deu um punhado de ração que usamos para atrair os peixes o que nos garantiu fotos e videos super legais!



Almoçamos em um dos restaurantes do Balneário mesmo e, depois de um breve momento de apreciação da natureza e recarga de energia, voltamos pedalando para o nosso hotel.


Lá, curtimos um cadinho da piscina do hotel (leia-se, eu fiquei brincando de tirar foto debaixo d'água, enquanto o Danilo dormia na espreguiçadeira) e depois nos arrumamos para ir ao Projeto Jiboia.




Andamos cerca de 7 quarteirões até o local. Lá vimos alguns tipos de cobras em seus respectivos "aquários" e em seguida assistimos a palestra do Henrique Naufal que explica algumas curiosidades a respeito das cobras e serpentes do Brasil, bem como sobre a relação dele com esses animais.
Ao final, todos os expectadores são convidados a segurar e tirar foto com uma jiboia.


Danilo a princípio estava com medo, mas depois ele quis ir la segurar a cobra do cara (badumtss).




Fechamos a noite com uma pizza marota na Zapi Zen, por indicação do próprio Henrique.


Dia 4 - 05/07/2016

Esse foi um dia de emoções no Parque Ecológico do Rio Formoso.

Como sempre, a van veio nos buscar no horário combinado e nos levou até o Parque, que fica a uns 7km do Centro. Lá o turista encontra algumas opções de lazer pagas (Cavalgada, Boia Cross, Trilhas, Flutuações e Mergulhos) e uma deliciosa opção gratuita: a Lagoa.
Na Lagoa do Parque é possível brincar na Tirolesa, no trampolim, no caiaque e stand up paddle.




Mas a nossa primeira parada foi o Boia Cross. Lá, sob a supervisão de uns 5 guias do parque, nós (um grupo de 9 pessoas) descemos o Rio Formoso em boias.



No início, o Danilo teve uma certa dificuldade!



Mas ele foi pegando o jeito...


Eu aprendi a lidar com a boia logo de cara e até cumpri o desafio de ficar em pé em cima dela.



Em um trecho da descida, a galera tinha que se segurar, porque, de acordo com os guias, a força da "cachoeira" puxaria o indivíduo para o fundo sem que ele tivesse forças para subir.
Momentos de tensão no caldeirão.
É nesse trecho que o pessoal mergulha, e é possível inclusive ver as bolhas dos cilindros de oxigênio na superfície.



Vale dizer que os apetrechos de segurança (capacete e colete) são obrigatórios e estão incluídos no valor do passeio.

Depois da aventura, almoçamos no parque (refeição a parte) e ficamos relaxando à beira da Lagoa.




No fim da tarde, a van nos buscou e, depois de um banho experimentamos carne de jacaré em uma pastelaria no centro da cidade, tomamos um sorvete na Tentação e depois fomos desmaiar no Hotel.


Dia 5 - 06/07/2016

Esse era o dia mais esperado pelo Danilo: Ir ao Recanto Ecológico do Rio da Prata.

E aqui eu tenho que explicar direitinho que o Recanto fica, na verdade, na cidade de Jardim, a mais de 50km de Bonito. Parece que alguns guias e agências da região ficam bastante incomodados porque a atração é vendida em agências de Bonito como se fosse lá.

Esse foi um dos dias que nós acordamos mais cedo: SEIS HORAS DA MANHÃ.

Ao chegar lá, recebemos a roupa de neoprene (importante para a flutuação) e fomos num daqueles jipes de turistas (tá, tem um nome, mas eu num to sabendo qual é) até o início da trilha para a Lagoa Misteriosa.



E sério, é um lugar EXTREMAMENTE MÁGICO!

Ao final da trilha, você desce uma escadaria e encontra uma lagoa azul no meio da mata verde. Só que num é azul normal. É um azul tão doido que faz você ficar meio idiota ao contemplá-lo!



A lagoa é extremamente profunda (220 m de profundida "explorada") e a visibilidade é de uns 25 a 30 metros da superfície.
E a melhor parte é que a água é quentinha (tava uns 26 graus quando fomos). O que é um alento para quem vai para Bonito no inverno (no dia estava fazendo uns 18 graus).




Em seguida, fomos fazer a flutuação no Rio da Prata. E eu quase morri de tanta emoção.
A água, além de quente, é TRANSPARENTE! Parece que você está em aquário!


Os peixes são lindos, bem coloridos e super acostumados com a presença das pessoas.
Calculo que ficamos 1h30min flutuando e admirando esse que, sem dúvida, é o MUST DO para quem viaja para a região.




Uma das coisas mais surreais é a nascente que fica, PASMEM, no fundo do rio!
Daí você vê a areia se mexendo em uma dança louca e fica que nem uma criança tentando mergulhar e alcançar a nascente que fica a uns 5 metros de profundidade, enquanto a roupa de neoprene fica  puxando para cima!



O almoço (incluído no pacote) foi simplesmente MARAVILHOSO! E depois ficamos relaxando e apreciando a natureza!

No final da tarde, a van veio nos levar de volta ao hotel. Nós obviamente demos uma volta e tomamos aquele sorvete nosso de cada dia nos dai hoje!

Dia 6 - 07/07/2016

Novamente, acordamos cedo a beça e fomos de van até o Eco Park Porto da Ilha que fica a uns 13 km do Centro.
Esse foi o dia mais frio da viagem. Chegamos às 7:30 no local e estava fazendo 10º graus!
Ficamos uns bons 30 minutos aguardando, no frio, a abertura do parque e, quando entramos, tivemos que nos despir e colocar as roupas de banho (eu fui malandrinha e meti um maiô!).

Nos organizaram em botes e descemos o Rio Formoso. A descida é tranquila. Algumas quedas mais emocionantes, mas nada muito assustador!


O que tornou o passeio animado foi a competição, iniciada em algum dos botes, de molhar, o máximo possível, o pessoal dos outros botes.

Usamos o que tínhamos: mão, remo, balde...sim, no bote tinha um balde!





E aí que no final eu tava roxa: de tanto rir e de frio, porque a água tava gelada paporra!

Nesse dia, um motorista particular veio nos buscar e nós fomos almoçar no Restaurante Casarão.

Aproveitamos a tarde para comprar as lembrancinhas de viagem e passear na praça, onde estava rolando uma espécie de feira do livro!

Dia 8 - 07/07/2016




Acordamos, tomamos café da manhã tranquilos, compramos mais uma ou outra besteira nas lojas de souvenirs e voltamos pro hotel para arrumar a mala e pegar a van da empresa Terra às 10h da manhã. Chegamos ao aeroporto de Campo Grande às 14h. O voo estava marcado para às 16h e, depois de longas horas (e uma escala em Campinas), nós chegamos de volta ao Rio de Janeiro.

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E foi a partir daí que nossa vida de casados começou. Na verdade, mais ou menos, né? Porque nós moramos na casa dos pais deles ainda por um mês e meio até, finalmente nos mudarmos para o nosso Romero (sim, até o apartamento tem nome!

Mas isso eu conto em outro post, ne?

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Da Série: Vida de Casados!

"Susan, Susan, como ta a vida de casada?"

Passados cinco meses, posso apontar os mitos e verdades identificados por mim, a partir de coisas reais que escutei...

Mitos

- "Vai ser muito difícil. É uma fase de adaptação e muitas discussões."
Está sendo muito divertido! Nós estamos quase sempre fazendo vozes estranhas, rindo ou comendo, então não sobra tempo para brigas.

- "Você vai conhecer manias dele que nem imagina existir!" 
É, acho que já conhecia o Danilo até bem demais.
A única coisa que descobri foi uma qualidade nova: ele é um ótimo dono de casa!

- "Você vai sentir saudade de ter as coisas feitas pela sua mãe!"
Obviamente é muito mais fácil quando você chega em casa e está tudo feito e pronto.
Mas, sinceramente, saber que estar ali é a prova de que você "passou de fase" é, para mim, o suficiente para levantar a bunda da cama e fazer um miojo.

- "Você vai sentir saudades do bairro onde cresceu e perceber que morar em frente a um estádio de futebol é um inferno!"
Definitivamente eu não sinto falta do local onde cresci. Inclusive, me forço a ir lá visitar mamis e vovis.
Quanto ao estádio, morando na lateral do prédio e no décimo andar, não tem barulho que chegue aqui. E já passamos por Olimpíadas e show do Guns.

Verdades

- "Quando você casa com alguém, você casa com a família!"
E eu me sinto super acolhida por todos, principalmente pelos meus sogros, que oferecem ajuda, mas fazem questão de me deixar à vontade para aceitar ou não.

- "Começa a rolar um excesso de intimidade, por vezes desnecessário!"
E esses momentos são os que mais me fazem feliz!

- "Depois que você acostumar a dormir com ele ao seu lado,vai estranhar quando ele não estiver!"
Minhas piores noites de sono foram as que ele estava viajando. Eu fico estranhando o excesso de espaço, o silêncio do quarto, a ausência da mão na minha perna e dos ataques de sonambulismo.


É isso!
Um beijo! =*

sábado, 26 de novembro de 2016

Da Série: Dicas de Relacionamento (3)

Como sobreviver ao início do casamento

Muito se diz sobre o casamento. Principalmente sobre o início.
Escutei de várias amigas sobre como o primeiro ano é terrível e, mais especificamente, como a vontade de pedir divórcio é forte nos três primeiros meses.
Por isso, me preparei psicologicamente para conter meu lado psicopata e dramático e me manter casada
E qual não foi minha surpresa quando me dei conta que quase cinco meses se passaram sem qualquer tipo de problema?!?

Vi recentemente um vídeo da Rayza Nicácio contando sobre como o primeiro ano de casamento dela foi um tormento. Fiz questão de mostrar para o Danilo para juntos entendermos o motivo de isso ter acontecido com ela (e com algumas amigas minhas) e não com a gente.

E chegamos a duas conclusões, o primeiro ano provavelmente será mais difícil para:

- As pessoas que casam enquanto estão "apaixonadas".
O tempo da paixão avassaladora varia de casal para casal. É aquela fase em que, dificilmente, enxergamos defeitos ou pontos de melhoria uns nos outros. Que, momentaneamente, fingimos ser livres de manias e imperfeições. Que aceitamos toda e qualquer proposta para sermos legais. Que tudo que queremos é estar juntos. Que toda hora é hora e todo lugar é lugar (if you know what I mean).
Nós estamos juntos há quase sete anos e a nossa fase da paixão durou mais ou menos um ano e meio.
A transição da paixão ardente e incontrolável para o amor, repleto de carinho e admiração é, por vezes, tensa. Por mais louco que isso possa soar.
No nosso caso, foi marcada por uma série de conversas duras e a decisão, em casal, de nos esforçarmos para dar certo.
Nessa época, éramos namorados e, depois das brigas, tínhamos a chance da trégua, quando cada um ia para o seu canto refletir. Daí, imagino que se essa transição tivesse acontecido agora, seria muito mais complicado, porque eu teria que, irritada e confusa sobre meus sentimentos, dormir ao lado da pessoa com quem acabei de ter uma discussão. Isso explica, inclusive, porque muita gente tem o hábito de "fugir" para a casa dos pais a cada briga.

- As pessoas que não tem o hábito de conversar:
Não me cansarei jamais de repetir o quanto a existência do diálogo afeta um relacionamento.
E não há, na cultura ocidental contemporânea, casamento sem um tempo mínimo de namoro, no qual o hábito do diálogo franco e aberto deve estar enraizado.
Na mesma época que passamos pela transição, eu percebi que, parte dos problemas eram originados porque a qualidade e a profundidade das nossas conversas não eram adequadas.
Decidimos, assim, estabelecer algumas regras:
* não discutir com raiva;
* evitar gritar e usar palavrões em brigas;
* deixar claro, de antemão, tudo que aborrece o outro e;
* CONVERSAR SOBRE TUDO!
Na minha cabeça, antes de decidir casar com alguém, devemos levantar o máximo de informações sobre a pessoa: Quem ela é? Como ela pensa? Quais são seus planos?
Nós praticamos isso desde essa época e é um exercício diário e muito interessante, já que, quanto mais eu conheço o Danilo, mais eu o amo!

Não tenho a pretensão de ser a dona da verdade.
Obviamente existem outros tantos aspectos que não estou levando em consideração.
Mas se a gente pensar friamente, quase todos se resumem à cegueira causada pela paixão e à falta de diálogo.

Exemplinhos:
- Nós brigamos porque ele trabalha muito e chega tarde todo dia - Falta de alinhamento de expectativa. Poderia ser resolvido, por exemplo, se ele deixasse claro que esse hábito não iria mudar ou se você tivesse explicado a ele, previamente, sobre como você gostaria que fossem as noites de vocês.
- Nós brigamos porque ela é muito bagunceira - Falta de conhecimento de personalidade e/ou alinhamento de expectativa. Durante a fase de namoro, após o término da paixão, quando todos os defeitos vêm a tona, você com certeza identificou esse ponto nela. Poderia ter se preparado psicologicamente para encontrar calcinha no registro do banheiro ou poderia ter explicado o quanto aquilo te incomoda, para que juntos descobrissem um ponto de equilíbrio.
- Nós brigamos porque ele é muito sociável - Falta de conhecimento de personalidade. Se ele é do tipo amigável e isso lhe incomoda, me desculpe, mas você não tem muito o que fazer a não ser aceitar o fato que você subdimensionou a proporção dessa característica dele como um problema para você, já que, dificilmente ele irá mudar.

Escrevi um texto, há algum tempo, sobre a importância do diálogo e ele funciona como complemento a esse, agora que vivi na pele a questão de dividir o teto!
Espero ter ajudado.
Um beijo! =*

sábado, 16 de julho de 2016

Enfim, casados!

Demorei, mas postei...

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E finalmente chegou o dia 30/06/2016, o nosso tão esperado casamento.
O dia foi cheio e começou cedo. Acordei às 6h da manhã para penteado (feito pelo meu irmão Johnny Wallace) e maquiagem (por mim mesma).

O casamento civil seria realizado num cartório na Tijuca (o bairro intermediário entre as nossas casas) e estava marcado para às 9h. Para isso, os noivos deveriam chegar às 8:30 para pegar uma senha e aguardar em fila, a sua vez.

Nossa senha foi a 22. Bem apropriada
Para muitos casais, essa é apenas uma etapa burocrática e, por isso, estavam lá apenas acompanhados de duas testemunhas, sem maiores ornamentações.
Para nós foi a única "celebração" que tivemos, logo, tínhamos conosco, além das nossas testemunhas (que preferimos chamar de padrinhos), 5 familiares próximos e um fotógrafo amigo.

Irmão, mães e pai

Vovó


Padrinhos e fotógrafo!

A espera durou aproximadamente uma hora e fomos chamados em uma sala para confirmar e assinar alguns documentos. Era uma mistura de expectativa e felicidade, graças ao bom humor dos envolvidos.



Após isso, o juiz de paz, em cerca de 2 minutos oficializou a nossa união, confirmando que "sim, a gente persistia no propósito do enlace matrimonial por livre e espontânea vontade". Ocorreu então a troca de alianças, quando fui surpreendida pelo Danilo, pois havíamos combinado de não comprar nada e lá estava ele com um par de douradinhas!

Porque esse olhar revela toda a ansiedade que ele veio escondendo por meses

"Vocês persistem no propósito do enlace matrimonial?"

A felicidade do Danilo diante da minha surpresa com as alianças!

Aliança na mão da Tchudja

Comemoração porque a aliança coube!

Aliança na mão do Tchudjo
Aí foi só alegria. Muitos abraços, lágrimas, fotos e risadas. E uma felicidade sem fim. Estávamos, finalmente, casados.



Nós e nossos padrinhos

Nós e os pais do Danilo

Nós, minha mãe e minha avó!
Felipe, irmão do Danilo, mostrando o motivo de não poder casar
"Ahora besinho"
Dali partimos direto para um ensaio fotográfico na Floresta da Tijuca, palco do início do nosso relacionamento. O talento e o profissionalismo do Vinicius Giffoni e Luiz Valmont ficaram evidentes no resultado.










Ao final do ensaio, após um almoço delicioso na casa da mamãe, descansamos cerca de duas horas para o jantar.

Durante meses discutimos sobre fazer ou não algum tipo de festa. A ideia mais forte era a de organizar um Open House no sábado seguinte ao casamento civil, ou seja, no dia 2/7. Mas alguns problemas estruturais no prédio, que adquirimos na planta, atrasaram bastante sua entrega, impossibilitando essa opção.
Somado a isso, teremos, entre junho e setembro, muitos custos com a mudança e não queríamos abrir mão da lua de mel. Logo, o aluguel de um espaço estaria fora de cogitação.
Sendo assim, decidimos convidar pais, irmãos e padrinhos para um jantar em um restaurante na Tijuca. Bolo, doces e lembranças foram providenciados pelas nossas mães e a eternização do momento registrado pelo nosso amigo Vinicius, que nos acompanhou o dia inteiro.

E sinceramente? Sentimos que essa foi A MELHOR OPÇÃO, apesar de toda sorte de críticas que recebemos e iremos receber ao longo de nossas vidas.

Um brinde à nossa felicidade!

Danilo tava tão empolgado com a aliança que fazia de tudo para mostrá-la em todas as fotos!

Muito lindo e gostoso graças às nossas mães!
O fotógrafo quis fazer uma selfie com os noivos na hora de cortar o bolo!

Ainda temos a ideia de fazer um open house e convidar família e amigos que querem comemorar com a gente. Mas, por causa do atraso da entrega do apartamento, das Olimpíadas (iremos morar ao lado de um dos estádios olímpicos) e do nosso orçamento (recebemos presentes de pessoas muiiiiiiito queridas, mas tivemos e ainda teremos muitas despesas), acreditamos que esse só ocorrerá em outubro.

Gostaríamos de, mais uma vez, agradecer pelo carinho de todos.
Ficamos realmente felizes não só com os presentes, mas com as mensagens e os votos que recebemos nesse período.
Em breve, contaremos mais sobre a lua de mel!

Beijo! =*